Rio Grande do Sul
Aprovada lei que permite tortura e sacrifício de animais em rituais religiosos
19 de abril de 2010
Protetoras dos Animais Maltratados e Aba
pamavl@hotmail.comO Deputado Edson Portilho, do Rio Grande do Sul, teve a desventura de criar um projeto de lei que permite que os animais sejam torturados e sacrificados em rituais religiosos.
O parlamentar, sabendo que os protetores dos animais se manifestariam, fez a seguinte trama: marcou a apresentação para votação da lei num dia de julho, mas fez um chamado urgente e marcou a reunião às pressas, mais cedo. Os únicos avisados foram os demais deputados. Ou seja: não havia defesa.
[…]
Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Procurando algo interessante para postar aqui, me deparo com essa notícia publicada na Agência de Notícias de Direitos Animais sobre um projeto de lei do Rio Grande do Sul que permite as práticas de tortura e sacrifício de animais para rituais religiosos.
Sobre isso, demonstro minha mais pura indignação. Me espanta a hipocrisia das pessoas em defender a democracia, os direitos, a liberdade e só se focar, dessa forma tão primitiva, em objetivos pessoais.
Eu não sou adepta de nenhuma religião. Eu não gosto dos ideais de nenhuma religião e já fui, assim como a maioria dos ateus, julgada por isso. As pessoas se vêem no direito crucificar quem quer que seja se seus ideais não condizem com os escritos no tal “livro sagrado”. Essas pessoas estão cegas.
E deixo claro aqui que não tenho nada contra religiosos em geral, mas tenho sim um problema sério com esse tipo de prática incoerente e com o julgamento sem razões.
É de vida que estamos tratando aqui. De vidas que são tiradas para que fosse possível a prática de um ritual devasso e cruel. Desumano.
Se o homem se diz tão diferente dos demais animais, tão civilizado, tão inteligente, me parece absurdo que ainda necessite de derramamento de sangue não só para alimentação, mas também para a prática de ditos rituais sem respeito algum à vida.
Já defendia Vilém Flusser a utilização da comunicação humana como fuga da solidão e do medo da morte que nos aguarda. Um conceito tão simples esse do medo, seja ele da morte, do fim, do incerto.
A meu ver, o que move a busca do ser humano por uma religião é justamente essa necessidade de saber o que nos aguarda, pois todos nós tememos a morte. O homem usa de atributos e mais atributos somente para camuflar esse medo e criar o conceito de vida. A religião seria nesse contexto um símbolo de que existe essa necessidade do saber, uma prova de que existe vida a ser vivida.
Vendo uma notícia como essa que ilustra o post, acredito ser cada vez mais difícil viver em uma sociedade onde até mesmo um símbolo de vida defende o conceito tão primitivo da matança.
Olha, sou agnóstica ou qualquer caralho que signifique que TÔ DE BOA DE RELIGIÃO.
Mas a minha intenção aqui é entender as coisas da melhor forma possível, e eu compreendo essa lei. O que vale mais: a crença de uma pessoa ou o ideal de outra? A gente enche a boca pra chamar de ridículo, absurdo e primitivo, mas pra uma galera – que não deve ser pouca – matar animais possui uma grandiosidade que foge à nossa compreensão. Absurdo acho, considerar selvageria rituais que fazem parte do imaginário brasileiro há tanto tempo.
Há um equívoco quanto à parte do “livro sagrado”. Em geral, essas doutrinas seguem filosofias imensamente distintas às do catolicismo, por exemplo, que possui escrituras e mandamentos.
A minha ideia não é defender o sacrifício animal e nem apoiar o credo de outras pessoas, é apenas lançar a seguinte questão por mim já dita: o que vale mais? A ideia da defesa animal ou a ideia de quem vê na morte de um ser vivo a paz espiritual? Podemos MESMO julgar?
Não acho primitivismo e tampouco bobagem, cada um crê naquilo que pode e acha certo. O problema é que o homem não sabe crer, em sua maioria. Esses daí, posso dizer, até sabem. Lutaram por aquilo que acham correto e conseguiram seguir seus rituais adiante. Acho-me pequena demais para inferiorizar a simbologia adotada por um grupo grande de seres humanos.
E, por fim, não é matança, certo? Vamos com calma.
Parabéns pelo blog!
“o que vale mais? A ideia da defesa animal ou a ideia de quem vê na morte de um ser vivo a paz espiritual? Podemos MESMO julgar?”
Se formos levantar essa questão, eu respondo de cara que vale mais a defesa animal.
Porque para levar em conta a matança de animais como parte de uma cultura ou religião, eu não tenho como não comentar os diversos casos de violência do homem contra o próprio homem, como os casos de mulheres queimadas com ácido no Oriente por rejeitarem marido, crimes de ódio contra homossexuais porque “a Bíblia diz que devem morrer”.
Como disse a Laís aqui agora, há uma hora em que não se pode defender certo ritual usando o próprio contexto em que o mesmo está inserido, porque chega uma hora em que eles afetam o direito à vida de cada ser vivo. Não só dos humanos, como também dos animais.
Se chegarmos ao ponto de defender a prática de tortura a animais como parte de uma determinada cultura e, por isso, pensarmos que se trata de algo “normal”, logo, parafraseando a Laís de novo, qualquer conceito de crime seria relativo e dependeria do ponto de vista de cada cultura, religião, ou seja lá o que for.
Ok, entramos na parte em que falamos do direito à vida, aí sim um argumento plausível. Jamais devemos esbarrar na inferiorização de ritos e doutrinas, acredito ser inadimissível a intolerância religiosa, qualquer seja sua manifestação, isso é etnocentrismo dos bravos.
Bom, eu também não disse vez alguma que todos os casos de crime devem ser relativizados, eu não sou moleque. Mas religião é uma esfera IMENSA, e desconsiderá-la é bestial.
Vamos deixar mais claro ainda? Sou contra a morte de animais em prol das manifestações religiosas, mas não encaro como argumento o fato de a religião ser incoerente. Fé é o oposto da ciência e, nós duas, crendo ou não, não temos o direito de tirar a razão daquilo que é a própria ausência desta.
E, aliás, a Bíblia não diz que homossexuais devem morrer, como bem citou a Vanessa aqui ao meu lado. O catolicismo não é a favor do homossexualismo mas, novamente, ponderemos.
Mas foi justamente o argumento que eu usei no texto. Admito que para chegar a ele eu passei pela incoerência da religião, mas eu li e reli o texto e não vejo onde assumi uma postura de intolerância religiosa.
“a Bíblia não diz que homossexuais devem morrer”?
Levítico 20:13.
Mas discutir a Bíblia não era minha intenção. Eu já expus meu ponto.
Obrigada pelos comentários. =)
Bom, acho que pra ficar mais claro o que digo, sintetizo na seguinte ideia: a linha argumentativa contra essa lei não pode e não deve ser algo alegando que a “religião é o ópio do povo”. Combater “absurdo” com intelorância é retrocesso.
Eu não disse em nenhum momento que religião é o ópio do povo, porque eu respeito quem tem fé em algum Deus. Acho essa fé muito bonita e poderosa, mas veja bem, os animais são seres vivos como nós. Eu não vejo uma grande diferença entre o homem e um animal qualquer e acredito que antes de qualquer alcance espiritual ou sei lá o que, as pessoas precisam respeitar a VIDA.
Foi esse o ponto que eu quis mostrar. Acho sim um absurdo e acho primitivo. Isso falando sobre esses tipos de rituais e não sobre a religião em geral.
AAAAAFF! o_o
Não sei o que é pior: essa lei absurda ou o comportamento lindamente democrático (-NNNN) do deputado.
Por que não criam uma lei que permite enfiar toras de secóia no rabo de quem faz esse tipo de coisa? ¬¬
PQP, mano! Revoltei u_ú
À merda essa lei e esses idiotas que a aprovaram!
É ridículo. Simplesmente ridículo torturar/sacrificar animais em rituais religiosos. Acho que a vida de um animal vale muito mais do que o “bem-estar” que a morte dele causaria a um ser humano num culto “ou coisa que o valha”.
É claro que se pode entender o objetivo da lei (por mais bizarro que pareça). Há pessoas que veem necessidade em matar animais para que se possa agradar a um deus ou como pedido e tal, bem como há pessoas que acham essa atitude deplorável. Há sempre os dois lados. Acontece que os sacrifícios envolvem vida e não é justo que a crença de uns tire vida de outros.
Que negócio foda de debater! Vou escrever pra caralho, e espero que leiam rs.
Pois bem, vamos como o velho Jack ensinou: por partes. Não é “matança” de animais, Mariana, e sim sacrifício. São duas conceitos muito distintos.
A “incoerência” do sacrifício e da tortura em rituais religiosos resulta de uma ótica externa. A própria ideia de coerência/incoerência é relativa porque depende de níveis de compreensão que não podem ser alcançados pelo próprio objeto em análise – por exemplo, quadros expressionistas são incoerentes para muitos que veem mas não o são para seu autor.
Em uma sociedade “democrática”, em se tratando de ofensas à lei da vontade popular, não há diferença entre a ofensa à vida, que seria a morte e a tortura dos animais, e a ofensa à liberdade religiosa. Ambas manifestações seriam contrárias à democracia.
Rituais religiosos de sacrifício são milenares – acho que surgiram na civilização egípcia, há uns três mil anos, por aí. Nos contextos em que foram criados, eram considerados verdades absolutas porque as sociedades eram teocráticas. Na época, nem existiam os ideais do Direito Romano e da democracia grega. Fica bem mais fácil analisarmos a questão agora, quando temos um grande aparato histórico para isso, não é?
Crenças são sustentadas por dogmas. Serão sempre imutáveis desde a sua criação e embasadas no princípio da verdade absoluta do próprio dogma. Eu não mataria um cabrito para agradar a um suposto deus, mas da mesma forma que pra mim essa prática é uma insanidade, para quem é religioso e acredita nisso a proibição é que é descabida, uma ofensa à liberdade de culto. Opa, mas a liberdade de culto é garantida pela Constituição Federal, a qual, por sua vez, é amparada pela…democracia. Aquela mesma democracia que é ponto chave da conversa.
É mais difícil pensar isso do que parece.
Blog bem massa, gostei.
Eu adorei o comentário. Achei muito interessante e quero agradecer por ele.
O que eu não entendo é o motivo de vocês dizerem que “matança” não se encaixa.
“matança
nome feminino
1. ato de matar; matação; mortandade
2. tempo em que se matam os porcos
3. ação de abater gado para consumo público”
Como diz aí, matança é o ato de matar e ponto.
E eu apenas discordo de apresentar como argumento algo que acontecia, como você mesmo disse, há milênios para justificar isso que, para mim, é um desrespeito à vida.
Eu vejo a religião como algo cheio de incoerências e, por isso, não me deixo levar por nenhuma. É óbvio que cada um tem seu ponto de vista e suas crenças, as quais eu respeito.
Porém chega um ponto em que a crença de um afeta o direito de outro. E aí sim temos um problema.
Eu te amo, Monocelha.
Aí temos um duelo entre denotação e conotação. E, sobre a Bíblia, metáforas.
Quero ver o Renan postando também, gordinho.
Eu já postei, gata. Meu post é o abaixo desse. Ah, não é! É o abaixo do abaixo desse. Leia o cocô que eu escrevi. *-*
Entendo seu ponto de vista, Mariana.
Acho que é importante esclarecermos que a religião é algo destituído do que se convencionou chamar de “moral social” – moral, e não ética, que é um conceito que está arraigado no indivíduo e constrói-se nele sem influências externas. Doutrinas religiosas têm princípios próprios, diferentes aos impostos pela sociedade civil laica. Portanto, acho que não há como julgar o que a religião faz com a nossa moral – a burca islâmica, a camisinha para a Igreja Católica etc., são exemplos de “intolerância”para a sociedade MAS não para a moral religiosa.
As “incoerências” religiosas que você citou são baseadas no dogma, e serão sempre encaradas dessa maneira porque é isso que as sustenta. Sem o dogma, a religião morre. O “desrespeito à vida”, na ótica contraditória à moral religiosa, seria de fato uma afronta, mas não seria assim classificada pelos religiosos. Não podemos deixar de lado a influência da moral religiosa atualmente.
O assunto em questão é um exemplo disso: a religião influencia em esferas da vida pública que, em tese, não deveriam depender de decisões religiosas. Sabemos que essa independência da esfera social, política, administrativa e econômica em relação à esfera religiosa muitas vezes não existe na prática.
Um exemplo: a Igreja Católica interfere muito em decisões importantes na política, como por exemplo na questão do uso das células-tronco para tratamento, em 2008.
Enfim, alonguei-me novamente no post. Mas a discussão tá boa, vamos em frente.
Então, não é “matança” mesmo, Mariana. Dentro de um contexto complexo feito esse, acho muito simplista chamarmos uma crença antiga e que tem vários adeptos de matança.
Milhares de focas, leões-marinhos, bisões, jacarés, leopardos e tal morrem diariamente para virarem casacos, botas e bolsas. Isso sim é matança.
Eu não me permito levar como argumento o fato de ser “uma crença antiga e que tem vários adeptos” para desqualificar uma matança.
Tirar vidas é matança, seja qual for o valor que isso tenha para religião ou seja o que for.
Para mim, independe de ser para sacrifício religioso ou fabricação do que quer que seja, isso vai contra o direito à vida de cada ser.
Eu acredito, Willian, que o direito de cada um vai até onde começa o direito do outro, de modo que, apesar de completamente contra o sacrifício (já que toda vez que eu uso matança a discussão volta pro mesmo ponto) e o ato de tirar vidas em geral, eu sou a favor da pena de morte para crimes hediondos, porque trata-se de uma questão do direito de cada um. Se alguém contraria o direito à vida de outra pessoa, não consigo admitir que a lei seja tão protetora em relação ao criminoso.
Me desviei do foco novamente, mas foi só pra ilustrar um pouco mais a minha linha de pensamento.
Como diz, exatamente nessas palavras, o Artigo 1o. da Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO: todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência. E é bem nisso que eu acredito.
Se quiser conferir a declaração completa, tá aqui: http://www.apasfa.org/leis/declaracao.shtml
Amar e respeitar os animais.
1)Devemos respeitar e amar os animais eles também são filhos da Grande Luz e estão evoluindo para planos superiores.
O nosso dever é amparar, ajudar e tratar bem dos animais como ensina a Doutrina Espirita.
Vejamos as palavras do Chico Xavier sobre essa questão.
Pergunta – Chico Xavier, a Doutrina dos Espíritos esclarece com muita propriedade a questão da Lei da Causa e Efeito, de Ação e Reação, que preside a organização do Universo. Ela também nos indica o livre – arbítrio, como atributo fundamental da personalidade humana pelo qual o ser humano tem a facilidade de optar livremente pelo caminho que deseja seguir, recebendo contudo, em contrapartida, o resultado inexorável de suas decisões boas ou más.
Assim se conclui que a plantação é livre aos seres humanos mas a colheita lhes é obrigatória. Dessa forma se explica todas as provações e resgates, doenças e deformidades físicas e mentais que sofre a maioria dos homens na Terra, como sendo seu karma ou resgate de delitos passados.
Também nos ensina a Doutrina Espírita que os animais não gozam desta faculdade do livre – arbítrio , por não possuírem o pensamento contínuo.
Assim sendo, como devemos encarar a questão da existência de deformidades congênitas nos animais. Por que nascem animais cegos ou deformados?
Chico Xavier – Nossos benfeitores espirituais nos esclarecem que é preciso que todos nós consideremos que os animais diversos, a nos rodearem a existência de seres humanos em evolução no planeta Terra, são nossos irmãos menores, desenvolvendo em si mesmos o próprio princípio inteligente.
Se nós, seres humanos já alcançamos os domínios da inteligência desenvolvendo agora as potências intuitivas, eles, os animais, estão aperfeiçoando paulatinamente seus instintos na busca da inteligência da mesma maneira que nós humanos aspiramos alcançar algum dia a angelitude na Vida Maior, personificada em nosso mestre o Senhor Jesus, eles, os animais aspiram ser num futuro distantes homens e mulheres inteligentes e livres.Assim sendo, nós podemos nos considerar como irmãos mais velhos e mais experimentados dos animais.
Ora, nós sabemos que as leis divinas do Amor e Solidariedade entre seres e por isso, podemos facilmente concluir que as ações dos seres humanos, que Deus outorgou a condição e proteção de nossos irmãos mais novos animais. E o que é que esta humanidade tem agido em relação aos animais nos inúmeros séculos de nossa história.
Porventura nós, os homens não temos nos transformados em algozes dos animais ao invés de seus protetores fiéis?
Quem ignora que a vaca sofre imensamente a caminho do matadouro?
Quem duvida que minutos antes do golpe fatal os bovinos derramam lágrimas de angústia?
Não temos treinado determinadas raças de cães exaustivamente para o morticínio e os ataques?
Que dizemos das caçadas impiedosas de aves e animais silvestres unicamente por prazer esportivo?
Que dizermos das devastações inconseqüentes do meio ambiente?
Tudo isto se resume em graves responsabilidades para o seres humanos, a angústia, o medo e o ódio que provocamos nos animais lhes altera o equilíbrio natural de seus princípios espirituais, determinando ajustamentos em posteriores existências, a se configurarem por deformidades congênitas.
A responsabilidade maior recairá sempre nos desvios de nós mesmos, que não soubemos guiar os animais no caminho do Amor e do Progresso, seguindo a Verdade de Deus.
Agora vejamos, se determinado cão é treinado para o ataque e a morte com requinte de crueldade, se ele é programado para o mal, pode ocorrer que em um determinado momento de angústia este mesmo cão treinado para atacar estranhos, ataque crianças de sua própria casa ou próprios donos.Aí teremos um desajuste induzido pela irresponsabilidade humana.
Ora, este mesmo cão aspira crescer espiritualmente para a inteligência e o livre-arbítrio.Mas para isto ele precisa experimentar o sofrimento que lhe reajuste o campo emotivo, aprendendo pouco a pouco a Lei de Ação e Reação. Assim, ele provavelmente renascerá com sérias inibições congênitas.A responsabilidade de tudo, no entanto, dever-se-a à maldade humana.
2) Sobre comer carne.
Vejamos as palavras de Emmanuel.
“A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana.
É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esse valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
Temos a considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano.
Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves.
Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.”
(Trecho do livro O Consolador, psicografado por Chico Xavier junto a Emmanuel)
Vejamos as palavras de Andre Luiz sobre os animais.
“A pretexto de buscar recursos protéicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos.
Não contentes em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem a obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e infligíamos a muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com a máxima eficiência.
O suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal, muita vez à custa de resíduos, devia criar para nosso uso, certas reservas de gordura, até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes.
Colocávamos gansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados das faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer valores culinários.
Em nada nos doía o quadro comovente das vacas-mães, em direção ao matadouro, para que nossas panelas transpirassem agradavelmente.
Encarecíamos, com toda a responsabilidade da ciência, a necessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossa inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos protéicos ao organismo, sem recorrer às indústrias da morte.
Esquecíamo-nos de que o aumento de laticínios para enriquecimento da alimentação constitui elevada tarefa, porque tempos virão, para a Humanidade terrestre, em que o estábulo, como o Lar, será também sagrado.”
“Não nos cabe condenar a ninguém.
Abandonando as faixas de nosso primitivismo, devemos acordar a própria consciência para a responsabilidade coletiva.
A missão do superior é a de amparar o inferior e educá-lo.
E os nossos abusos com a Natureza estão cristalizados em todos os países, há muitos séculos.
Não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos de um momento para o outro, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de alimentação imprópria, de maneira repentina.
Refletem eles, igualmente, nossos erros multimilenários.
Mas, na qualidade de filhos endividados para com Deus e a Natureza, devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais, com espírito de respeito, educação e entendimento.”
(Trechos do livro Missionários da Luz, psicografado por Chico Xavier junto a André Luiz)
3) Vejamos a palavra de Ramatis sobre essa questão.
Já tendes provas irrecusáveis de que podeis viver e gozar de ótima saúde sem recorrerdes à alimentação carnívora. Para provar o vosso equívoco, bastaria considerar a existência, em vosso mundo, de animais corpulentos e robustos, de um vigor extraordinário e que, entretanto, SÃO RIGOROSAMENTE VEGETARIANOS, tais como o elefante, o boi, o camelo, o cavalo e muitos outros. Quanto ao condicionamento biológico, pelo hábito de comerdes carne, deveis compreender que o orgulho, a vaidade, a hipocrisia ou a crueldade, também são estigmas que se forjaram através dos séculos, mas tereis que eliminá-los definitivamente do vosso psiquismo. O hábito de fumar e o uso imoderado do álcool também se estratificam na vossa memória etérica; no entanto, nem por isso os justificais como necessidades imprescindíveis das vossas almas invigilantes.
Reconhecemos que, através dos milênios já vividos, para a formação de vossas consciências individuais, fostes estigmatizados com o vitalismo etérico da nutrição carnívora; mas importa reconhecerdes que já ultrapassais os prazos espirituais demarcados para a continuidade suportável dessa alimentação mórbida e cruel. Na técnica evolutiva sideral, o estado psicofísico do homem atual exige urgente aprimoramento no gênero de alimentação; esta deve corresponder, também, às próprias transformações progressistas que já se sucederam na esfera da ciência, da filosofia, da arte, da moral e da religião.O vosso sistema de nutrição é um desvio psíquico, uma perversão do gosto e do olfato; aproximai-vos consideravelmente do bruto, nessa atitude de sugar tutanos de ossos e de ingerirdes vísceras na feição de saborosas iguanas. Estamos certos de que o Comando Sideral está empregando todos os seus esforços a fim de que o terrícola se afaste, pouco a pouco, da repugnante preferência zoofágica.
4) Sacrifícios de animais em rituais.
O perigo das macumbas, muitas pessoas nada sabem desses perigos. Os Espíritos de Luz ou Espíritos Superiores já mais vão pedir charutos, cachaça, cigarros,sacrifícios de animais e despachos, essas praticas só podem atrair pela sintonia vibratória espíritos desencarnados apegados a matéria e aos vícios terrenos, ou seja, espíritos inferiores e obsessores.Os Espíritos Superiores são Virtuosos em seus ensinamentos, eles procuram moralizar, educar e espiritualizar os seres humanos, incentivando a pratica sincera do bem e das Virtudes. Os espíritos apegados a matéria tratam de assuntos vulgares sem elevação moral, assuntos, como, sorte no jogo, volta da pessoa amada, sorte com as mulheres, melhoria nas finanças, trabalhos para prejudicar desafetos etc. Os Espíritos Superiores já mais vão se manifestar num centro para pedir charutos, cachaça e sacrifícios de pobres animais, isso é ridículo, os animais são nossos irmãos menores na escala evolutiva, devemos respeitar e amar os animais, quem pede esses absurdos são os espíritos da escuridão, cuidado, muito cuidado, eles gostam de enganar as pessoas usando uma linguagem melosa, suave, doce, com palavras bonitas, eles falam macio, tudo para seduzir as pessoas que estão nesses ambientes de baixa espiritualidade. Eles também usam Nomes pomposos, importantes e sedutores para mistificar. Vou deixar uma pergunta, vocês acham que os Espiritos de LUZ vão pedir despachos, cachaça, charutos, sacrificios de pobres animais inocentes??? O ser humano é um Espirito encarnado no mundo terra para evoluir e se melhorar moralmente, ser bom, honesto, correto, trabalhador, sem vicios, cultivar as Virtudes e os valores morais superiores, é seu DEVER, cumprindo com o seu dever moral ele consegue vencer e evoluir.Devemos nos afastar dos ambientes de baixo nivel moral, por que, nesses ambientes perambulam espiritos inferiores e pertubadores. O ser humano é composto de dois elementos Espirito e materia, o Espirito é a Força inteligente o ser pensante, a materia corporal não pensa e nem sente, portanto, se conhecer como Espirito encarnado com Deveres Morais para cumprir já é uma iniciação para as verdades superiores.
Os animais merecem nosso respeito e nosso amor.
Essa é a Lei de Deus.
Wilson Moreno discípulo do Mestre Allan Kardec.